Ou deveríamos, pelo menos :)
Estava há pouco lendo um artigo no Sticky Minds sobre essa capacidade de olhar de maneira diferente para as coisas. O artigo é o Are you set in your ways da Naomi Karten. Ele fala sobre um livro, o Why We Make Mistakes do Joseph Hallinan.
O livro tras explicações através de situações reais sobre como lembrar de algo que você escondeu, porque homens cometem erros e mulheres não (essa frase foi tirada do site do livro hehehehe), porque realizar várias tarefas ao mesmo tempo não é uma boa idéia, etc.
Há uma passagem do livro no site, em que um homem agride outro que estava numa cadeira de rodas, mas só percebe isso depois que o cara já estava longe. Ele olhou para o outro homem, mas não percebeu a cadeira de rodas (leia a passagem para entender). E quantas vezes não nos deparamos com errinhos que ‘vimos, mas não vimos’? Acho que esse é um bom gancho para falar da importância de revisões.
Mesmo passando corretores ortográficos nos nossos textos, mesmo lendo e relendo-os, há sempre a probabilidade de ter um erro que passamos por ele várias e várias vezes e não conseguimos enxergar. Por isso é importante o olhar de ‘alguém de fora’. Alguém que não participou desse desenvolvimento e que vai ter uma mente analítica para definir se tudo o que está escrito está correto, coerente e entendível.
Outro gancho do texto é a mente do testador (profissional de teste em geral). Um desenvolvedor pode ser um testador? Até pode. Mas não com a mente de desenvolvedor. Ele precisa trocar o chapéu e mudar uma chave no cérebro também. Calma, calma, não estou questionando a capacidade dos desenvolvedores, muito pelo contrário. Acho que muitos que conheci são capazes sim de testar adequadamente, mas o pensamento tem que ser diferente. O testador olha diferente pros requisitos. E fora isso, como eu comentei no post passado, ele precisa ter uma visão de agregar valor. Se algo pode ser melhorado, é papel de todo o time ver isso e sugerir, mas isso fica ainda mais fácil para a equipe de testes que está vendo o programa rodar, que está pensando e agindo como se fosse um usuário.
Não li o livro citado acima, mas parece bem interessante. Para quem tiver interesse:
Amazon
Cultura
E outro artigo interessante da Naomi sobre o mesmo assunto What organizations can learn (not to do) from six-year-olds
Nenhum comentário:
Postar um comentário